7 de JaneiroEram cerca de 10h30 e eu encontrava-me no terraço do hostel a tomar o meu café da manhã. Iam chegando pessoas de todo o mundo, uns a acordar, outros a cambalear da ressacada folia da noite anterior; nessa altura confraternizava com os Australianos e com o Marcos.
Por volta do 12.00, alguém da recepção veio chamar por mim: “Está alguém lá em baixo procurando você.” Era a Diala e a sua família: Marcio, Rafael, Celina e ___ (xii Diala, me ajude...). Trataram-me como se já nos conhecessemos há um montão de anos. Simplesmente fantásticos! Feitas as apresentações saímos todos os 6 de carro rumo à Lagoa Rodrigo de Freitas, um dos marcos da cidade com 7,2 km circundantes de pista ciclo-pedestre. Magnífico! Fomos à ilha de Piraquê, conectada por uma mini-ponte e daí pude avistar o Cristo, ainda longe, fugidio na vista, mas esplendoroso! Não me cansava de para lá olhar.


Ao fundo (na foto) pode observar-se uma árvore de Natal flutuante-cada bola que se avista representa um estado do Brasil. O morro à direita é o dos Cabritos (385 metros). Incrível como do nível do mar se ergue uma colina com esta dimensão; por isso esta é a cidade maravilhosa...
Tiradas as fotos rumámos ao Jardim Botânico, bem ali ao lado: um espaço exótico com mais de 5000 variedades de plantas que fora ordenado (e não ordenhado) pelo Príncipe Regente Dom João em 1808.

O orquidário
Pau do Brasil, palmeiras imperiais... Mico Leão (ah.. faltou ver esse)- trata-se de um macaquinho “anão” com uma pelugem dourada. As pequenas bem se esforçaram por o descobrir... Valeu, mesmo assim!!

Jaca (este fruto decorei-não estivesse agora cá a passar a novela “Pé na Jaca”). Não faço a mínima ideia que significa essa expressão novelista. Tenho que confessar que ainda não foi desta que vim de lá convencido a saber degustar uma novela. No entanto, aqui vai a minha opinião: Jaca é um fruto enorme, muito viscoso por dentro; aí se você põe seu pé lá, ele gruda (cola) que nem alcatrão e é apanhado que nem mosca em planta carnívora. :) Agora só mesmo vendo a novela para confirmar...
Palmeiras imperiais
15.00
Saímos e fomos rumando estrada fora. Próximo destino: CORCOVADO.
O Cristo-Redentor ergue-se na cidade a uns imponentes 710 metros de altura! Esta estátua de 38 metros e com 1145 toneladas é notória pela sua Simplicidade e Sublimidade! Vira-a na TV em reportagens, filmes e em novelas (sim, sim, quando faço zapping- tenho que atender à coerência). Sentia-me extasiado, eufórico um quanto. Bastava ir lá para poder dizer que a viagem teria valido a pena- e eis que chegava o momento.
Iniciámos a subida ao cume, Parque Nacional da Tijuca adentro. Na entrada descobri o que é um “rolo” carioca: uns menaços de moto (tipo as nossas Zundap 3) vieram ter connosco e perguntaram-nos se queriam entrar a um preço mais em conta. Humm, a mim pareceu-me um pouco duvidoso, mas em terra desconhecida quem conhece os cantos à casa não se esbarra. Desta feita fomos atrás deles, eles de moto e nós de carro.

À entrada, na zona das bilheteiras, os moços começaram a falar cautelosamente com os guardas, depois num tom mais elevado e finalmente aos berros. O que é certo é que rolou e entrámos com um desconto. Aculturei-me ao termo, já que o acto não era propriamente novidade para mim :).
Fizémos uma primeira paragem no Mirante Dona Marta (363m). O Cristo aproximava-se e tornava-se ainda mais belo!!


Finalmente, o

Uma sensação de chegada. A minha t-shirt estava completamente alagada e nós só havíamos subido a pé uns 50 metros de desnível desde o ponto onde deixámos o carro. Não, não foi falta de aclimatização. Foi mesmo calor, cerca de uns 32º C, com 80% humidade.
Confesso que lá em cima Ele me pareceu um pouco mais pequeno do que imaginava. Foi fantástico ali estar, mesmo assim, não só pela estátua em si, mas também pela Vista magnífica.

“Over_crowded”- Não estava cheio de gente, estava cheíssimo, mas isso em nada lhe tirava o encanto...

Regressámos à planície, numa cidade onde se contornam os morros que, na sua maioria são temidos por todos. São, por excelência, os locais onde residem as favelas e até aqui é notório o paradoxo social. Morro=local mais priveligiado + a população mais pobre.
Eram já 17.30 e o dia ameaçava acabar. Concluímo-lo com uma ida ao Morro Dois Irmãos, bem no término da Praia de Leblon, junto à Avenida Niemeyer.

Esta é uma daquelas fotos também muito badaladas que andam pelas agências de viagem: Praia de Leblon e de Ipanema numa concavidade perfeita e harmoniosa.
A meio da figura avista-se uma tenda azul. Sim essa mesmo! E não estava ali por acaso. Dentro de horas iria começar uma das maiores festas Techno no Rio, totalmente à borlix, em plena praia de Ipanema!!
-Mariana tudo bem?- liguei-lhe eu do meu celular ainda no Morro 2 irmãos.
-Oi João, tudo bom. E aí, que horas são?”-respondeu-me ela com uma voz ensonoada.
-São 18.00 Mariana! A que horas a gente se vê para irmos na festa em Ipanema? Eu ainda vou no hostel deixar minha máquina e mudar de roupa.
-20.00 ali no Posto 9/10; melhor ali na Rua Maria Quitéria, mesmo na esquina, pode ser?
-Pode- disse-lhe eu, mesmo não fazendo a mínima ideia onde ficava.