A visão de 1 gaja entre gajos [por Filipa]

O que haverei de dizer e como haverei de começar? Adoro blogs mas sempre tive (e ainda tenho) reticências em escrever num por ter receio de me expor demasiado. E não se trata de medo de raptores que andem por aí mas simplesmento receio de me expor. Mas, no fundo, se tentar percebê-lo, não passa disso mesmo, um receio teórico. Porque, na prática, nada de tão ruim assim tenho a declarar. E, depois, temos este bom exemplo do Vasconcelos, que escreve com uma transparência invejável.

Tentarei, pois, escrever segundo o exemplo do mestre. Já tanto foi dito neste blog e tanto mais haveria a dizer sobre os sítios que visitámos e tantas mais fotografias haveria a expor... Cambada de viciados que fomos (e somos) a fotografar. A ver se um DVD vai chegar ou se vamos precisar de 2... Assim sendo, e como fui a única “gaja” constante no grupo, não posso deixar de dar a minha visão de gaja. Não que tenha uma sensibilidade diferente dos “gajos” mas não posso deixar escapar esta oportunidade (embora não saiba ainda muito bem como a vou aproveitar, vejamos no que dá...). Estávamos nós em Barcelona, cidade glamorosa, talvez a única, das que visitei, em que me imagino a viver por período mais prolongado, e fala-se em Mango (sim, a loja de roupa) e diz o Vasconcelos (mais ou menos assim): ”Filipa, montras de roupa não!” Fiquei f*d*d* por ele me ter dito aquilo... Foi-me dizer aquilo logo a mim! Não que eu seja alguma coisa de especial mas, primeiro, quando estou de “biage”, não é propriamente atracção major ver montras (das lojas que há em Portugal sobretudo) e, segundo, era de pouco tacto pôr 4 gajos à minha espera para eu ver montra de mango. ... Agora relembro e acho um piadão... Acho que não voltei a ver o Vasconcelos a dizer algo tão convictamente no resto da viagem. Digo eu.;) Deve ser medo de qualquer homem em geral perante qualquer mulher em geral. E o Vasconcelos sentiu necessidade de impor ali, desde logo, um limite. Se eu fosse gajo também o faria. Mas agora já sabes que não precisas de ter medo, né? Eheh... novamente private joke. Mais episódios de gaja entre gajos... Recordo-me de mais um... Em Veneza e como já foi descrito, ficámos numa casinha num parque de campismo. Entrámos e diz o Vasconcelos: 2 camas de casal e 1 de solteiro... O Cavadas já se tinha instalado na cama de soltei ro (que era à entrada), ainda não tínhamos visto os quartos e digo eu “ Com quem é que o Chico se importará menos que eu durma?” e logo o Vasconcelos “Porque é que não concebeste ficar tu na cama de solteiro?”. Juro que não me ocorreu à primeira. Acho que é porque quando estou entre gajos me gosto de fazer igual a eles. Depois não houve questão porque afinal eram 2 beliches e 1 cama de casal além da cama de solteiro. E quem ficou na cama de casal? (Acho que ainda não foi aqui dito) O Vasconcelos e o Pulido... eheh! Tem lógica, tem lógica, não fossem eles os amigos de mais longa data. Pena é terem adormecido logo mal se deitaram na prmeira noite, nem puderam apreciar... (Que piada tão fácil a minha!) E a propósito de Veneza, espera-se (da gaja) um comentário acerca do romantismo do sítio... Vou ser sincera, não achei particularmente romântico e agora a escrever percebo porquê... Com tanto turistada (nós por exemplo) não se propicia, acho. Concebo um sítio romântico mais para o tipo ilha deserta. Mas duvido que Veneza esteja desprovida de turistas em alguma altura do ano. Aliás, isto até foi tema de conversa com o Pulido (naquela bela Praça de S. Marcos, onde se paga 10 euros por um café na esplanada – quando em Portugal se pagava 2$50, lá eram 50$, disse-me o meu pai , hoje a proporção é mais ou menos a mesma) ...e, portanto, em conversa com o Pulido, chegámos à conclusão que em Janeiro não deve haver muita gente, logo, será mais romântico, segundo o meu próprio conceito. Mas não é por não a achar muito romântica, que Veneza se torna menos bela e pacificadora. Só tenho pena é que as praias não sejam limpas (segundo lemos depois), caso contrário voltava lá mais depressa... E agora que me faltam outros episódios sobre gaja entre gajos, façamos um resumo da coisa... Barcelona: +++ a vib – a simpatia das pessoas, a animação de rua; a ordenação da cidade, cheia de espaços verdes e outros bonitos locais de passeio; os preços – muito mais barato do que imaginava, pelo menos nos supermercados. Itália: +++ a Helena e o Andrea e... os gelados!! Eheh! Aos nossos meninos (e aos pais do Andrea) aqui fica mais um obrigada por nos terem aturado e, acima de tudo, por nos terem dado de comer! Eheh, gulosa! Pisa: ++ as vespas e as biclas a bombar por todo o lado (além das fotos na Torre claro, há-as para todos os gostos e tiradas das mais variadas posições). Florença: ++ Arte pura e complexa; rio Arno com a sua ponte Vechio. Siena: ++ a primeira pausa, um dia relaxado de passeio depois de 4 dias a bombar forte...e bonito! (vs bombar forte e feio) Roma: +++ Basílica de S. Pedro (poderosa!); ++ Coliseu; além das pizzas e pastas claro! Veneza: +++ o camping, os canais, a praia (apesar de depois saber que suja, que “raiva” não ter levado bikini naquele dia!) ... Viagem no seu todo: +++++ A COMPANHIA!! Vasconcelos, Cavadas, Francisco, Pulido (por ordem de inscrição, para ninguém ficar sentido); Helena, Andrea (e respectiva família); Esther (de Barcelona) ...e todos os outros que se nos cruzaram...!Aspectos negativos: Humm...nem o cansaço se pode dizer negativo. Todas as pequenas tricas - mero fruto do inevitável, numa “biage” de 11 dias. Nada a declarar portanto!Até à próxima!

Filipa